trabalhos dos solos pedogeogrfia By #evsuperstar
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CARACTERISTICAS E DISTRIBUIÇÃO DOS SOLOS DE MOZAMBIQUE
As características e distribuição dos solos de Moçambique é variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo.·
Segundo “Marbut” considera apenas a existência de cinco grupos de solos ocorrendo na Colónia de Moçambique, dos quais varias características dou a seguir:
a) Solos vermelhos lateriticos: são solos com 25 a 90٪ de constituintes lateriticos (óxidos mais ou menos hidratados de alumínio, ferro, titânio e manganés);
b) Solos vermelhos: são solos contendo menos de 25٪ de constituintes lateriticos e elevada percentagem de silicato de alumínio, encontrando-se a sílica tanto combinada como sob a forma de quartzo e sendo raras as concreções ferruginosas;
c) Terras negras: solos negros, de textura pesada e estrutura granulosa e com um horizonte de acumulação de carbonates que se encontra por vezes muito próximo da superfície;
d) Solos claros: são grupo muito heterogéneo de solos de diversas cores e textura variável, apresentando normalmente proporção apreciável de carbonate de calcário e ocorrendo em geral em regiões de topografia mais acidentada que a das terras negras;
e) Aluviões: são solos de origem de deposição sedimentar, formado em materiais em geral grosseiro, mal rolados, e amais ou menos soltos, transportado por correntes de água.
SOLOS VERMELHOS ARENOSOS
Solos da Faixa Arenosa Costeira.
Atribuíram esta designação a uma faixa quase ininterrupta de solos arenosos que orla a costa da província desde a Ponta do Ouro a foz do Save. Por vezes esta faixa alarga-se extraordinariamente, chegando a atingir muitas dezenas de quilómetros na sua maior largura, de onde em onde ocorrem solos nitidamente vermelhos, como por exemplo, na Matola, Ponta Vermelha, Marracuene, Manhiça, Magude, Chibuto, e Podendo derivar de grés altamente ferruginosos, visíveis na Ponta Vermelha e em Magude.
Em certas regiões os solos distribuem-se de forma a constituírem complexos de carácter quaternário; é o caso da região compreendida entre o Chongoene e o Chidenguele e entre estes postos e Manjacaze, verificando-se uma, sucessão geralmente constituída por solos vermelhos nos cimos bem drenados dos cuteiros, solos avermelhados de coloração vermelha menos intensa nas encostas e por solos cinzentos sobre material esbranquiçado com manohas amareladas ou então, o que é mais frequente, por machongos, nas baixas.
Noutras regiões, como por exemplo na área designada regionalmente por «Serra», na circunscrição do Bilene, é vulgar a ocorrência de solos de camada superficial cinzenta, mais ou menos escura, assentando sobre camadas avermelhadas umas vezes, amareladas outras. Ao sul do vale do Umbeluzi predominam solos arenosos cinzentos associados a machongos nas baixas.
A parte dos casos apontados, não existe na faixa arenosa e costeira uma massa rígida, bem definida, que nos possa habilitar a estabelecer uma lei rigorosa sobre a forma como se distribuem os diversos tipos de solos arenosos que a constituem.
Observa-se como feição geral mais característica, sujeita a excepções numerosas, além da natureza arenosa fina a franco-arenosa, uma certa tendência para uma textura ligeiramente mais fina e para tonalidades mais escuras a medida que se caminha do interior para uma orla sob costeira. Seguindo essa direcção, constata-se sucessivamente um predomínio do interior para a costa, das sob faixas seguintes: solos arenosos claros (cinzentos a amarelos), solos arenosos avermelhados, solos arenosos acastanhados e dunas litorais.
Por esta diferenciação afigura-nos seremos responsáveis a natureza do material originário e o aumento de pluviosidade do interior para a costa.
Os solos arenosos cinzentos e esbranquiçados estão em regra relacionados com calcários sedimentares ou com grés cinzentos-escuros; os solos avermelhados e acastanhados são, ao que parece, dunas antigas já há muito fixadas, na qual agrupamos os solos da faixa arenosa costeira em dois grupos:
Solos acastanhados arenosos.
SOLOS AVERMELHADOS ARENOSOS A FRANCO-ARENOSOS.
Os solos vermelhos apresentam uma camada superficial vermelha escura a vermelhada acastanhada, franco-arenosa e geralmente espessa (20-65 cm), assentando, mediante transição gradualmente outra de cor vermelha intensa, também franco-arenosa, firme, e a profundidade variável (0,60-1,10m).
Aos solos pardo-avermelhados cabe, dentro deste subgrupo, um predomínio marcado. A primeira camada, de espessura variando entre 15 e 30 cm, arenosa fina a franco-arenosa, solta a friável e, quando não muito afectada pelo cultivo, rica em matéria orgânica, assenta numa outra transitando gradualmente para terra pardo-avermelhada, franco-arenosa, friável a firme e que coineja a aparecer de 0,55 a 0,95 m. A coloração destes solos varia desde o vermelho intenso ao pardo-aver-melhado.
Solos Aluvionares.
São solos formados a partir dos materiais carregados pelos cursos de água e depositados nas suas margens após as cheias. Foram apresentados na Carta a distribuição aproximada das principais aluviões, que são mencionados a seguir pela ordem relativa da sua importância aluviões dos vales do Limpopo, Incomati, Umibeluzi, do Rio dos Elefantes, Maputo, Save e Mazinchopes. A própria natureza aluvionar destes solos sugere grande variabilidade de local para local.
A disposição, espessura e natureza das camadas variam muito de perfil para perfil consoante a extensão e impetuosidade das cheias que deram lugar aos fenómenos de deposição. Sendo que a medida que nos vamos afastandos do curso dos rios, as camadas de areia, as franco-arenosas e arenolimosas vão, como é óbvio, cedendo gradualmente o seu lugar a outras argilo-arenosas e argilosas; com efeito, constata-se que as aluviões mais afastadas do leito dos rios são fortemente argilosas, só raramente aparecendo camadas de textura ligeira.
As aluviões antigas, por outro lado, vão se diferenciando de molde a mostrarem impressas no perfil as características dos processos pedogénicos responsáveis pela formação dos solos das áreas adjacentes. É curioso notar o que a este respeito se observa no Vale do Limpopo.
CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE SOLOS
Nessa classificação são agrupados provisoriamente os diversos solos até agora identificados na Colónia de Moçambique, para facilitar a sua descrição e cartografia. Tendo como Esboço:
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos.
2 — Solos cor da laranja, alaranjados e amarelos.
3 — Solos cinzentos.
4 — Solos do Planalto dos Macondes.
5 — Solos vermelhos arenosos dos Urrongas.
6 — Solos da faixa arenosa costeira.
B — Solos pedocalicos.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
2 — Solos castanhos.
3— Solos pardos, pardo-acinzentados e pardo-avermelhados das regiões áridas e semi-aridas.
C — Solos holomórficos.
D — Solos halomórficos.
E — Solos hidromórficos.
1 — Machongos.
2 — Vlei.
3 — Solos dos dambos.
4 — Solos argilosos das baixas.
F —Solos aluvionares.
SOLOS VERMELHOS
Solos cor de laranja, alaranjados e amarelos.
Pode-se distinguir nestes solos, tal como no caso dos solos vermelhos, os seguintes tipos: lateriticos, lateriticos ferruginosos e lateriticos com bancadas.
Os solos cor de laranja, alaranjados e amarelos estão relacionados com os solos vermelhos, ocorrendo normalmente em sucessão, formando catenas.
Os solos vermelhos ocupam os pontos de picota relativa mais elevada, seguindo-se-lhe os solos cor de laranja, depois os alaranjados e finalmente os solos amarelos, que se encontram em cotas mais baixas. Esta sucessão é provocada na maior parte dos casos pelas condições de drenagem, correspondendo os solos vermelhos aos locais mais bem drenados e os solos amarelos a locais de drenagem deficiente.
Na sua quase totalidade os solos até agora identificados formaram-se a partir de materiais originários provenientes de granitos e gneisses. As observações feitas em trabalho de campo levam a crer que a textura e a intensidade da cor são afectadas pela composição mineralógica da rocha-mãe.
Na província da Zambézia e principalmente na do Niassa, já foram definidas catenas com características semelhantes a que atrás referem.
Os solos cinzentos com horizontes gley ocorrem geralmente em áreas quase planas, de certa extensão, que estabelecem a transição entre as encostas as baixas. Estes solos têm sido encontrados principalmente na província do Niassa.
Os solos cinzentos lateriticos ferruginosos têm a primeira camada de cor cinzenta escura, de espessura variável, mas normalmente delgada, assentando sobre uma outra, em geral espessa, de cor cinzenta clara ou mesmo esbranquiçada que Itransita gradualmente para um horizonte livremente escuro, as vezes de tonalidade pardacenta, com concreções ferruginosas. A textura e a compacidade variam imenso, desde solos arenosos, soltos ou friáveis, a solos argilosos, compactos.
Estes ocorrem em áreas de drenagem deficiente e foram descritos nas províncias do Niassa e Zambézia.
As regiões de baixa altitude (200 metros) estão cobertas de solos arenosos pobres e, em solos aluvionares (províncias da Zambézia, Manica, Sofala e algumas zonas costeiras), de solos pretos (província de Cabo Delgado) e de solos castanhos e escuros derivados de basalto (região dos Libombos, província de Maputo).
A altitude compreendida entre 200 a 500 metros ocorre, principalmente na região norte de Moçambique. Os solos são muito variáveis em textura, podendo encontrar-se solos leves e muito pesados. A altitude compreendida entre 500 a 1000 m ocupa cerca de 25% da área e a grande proporção ocorre na região norte de Moçambique.
As altitudes acima de 1000 metros encontram-se dispersas pelo país (planaltos de Angonia, em Tete e Lichinga, em Niassa, Gurue, na Zambézia, e Mossurize e Serra Choa, em Manica).
INTRODUÇÃO
A localização
geográfica de Moçambique nos trópicos e subtropicais, faz com que ele seja vulnerável
a eventos extremos de origem meteorológica tais como secas, cheias e ciclones tropicais
e de origem geológica como é o caso de sismos e tsunamis. Neste presente trabalho
abordar-se-á de tipos de solos que encontram-se distribuídos em Moçambique, sua
caracterização, factores da sua distribuição e formação, e a caracterização de zonas
agro-climáticas de Moçambique.
Relevo
O relevo de Moçambique, pode ser dividido em quatro regiões
principais, conforme as médias de altitude que se apresentam.
A Zona litoral (até 200 m) abrange quase toda a metade da
área do país.
A zona montanhosa (1000 a 2500 m) ocupa uns 10%.
As duas restantes zonas correspondem aos planaltos médios
(200 a 600 m) e dos altiplanaltos (600 a 1000 m).
As principais cadeias orográficas são: a cadeia dos
Libombos, a escarpa de Manica e Sofala, os altiplanos de Marávia-Angonia, a
cadeia Chire-Namúli e a cadeia Maniamba-Amaramba. O monte Binga, em Manica e
Sofala, tem 2453m de altitude.
De um modo geral, o território Moçambicano dispõe-se em
anfiteatro sobre o indico. As formações montanhosas perdem a sua altitude à
medida que se aproximam da costa.
TIPOS DE SOLOS DE MOÇAMBIQUE
As várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
Na composição mineralógica dos solos moçambicanos predominam matéria ferruginosa e aluminosos, sendo por isso considerados pedalféricos ou ferraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e luminosos, é fruto da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em condições climáticas de regime tropical. Sendo também designados latosolos pela frequência da sua em onde, o interrompem. Trata-se, em geral de solos frealiticos ou fersialiticos
As várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
Na composição mineralógica dos solos moçambicanos predominam matéria ferruginosa e aluminosos, sendo por isso considerados pedalféricos ou ferraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e luminosos, é fruto da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em condições climáticas de regime tropical. Sendo também designados latosolos pela frequência da sua em onde, o interrompem. Trata-se, em geral de solos frealiticos ou fersialiticos
Tipos de solos de Mocambique
ü Argilosos vermelhos profundo
ü Francos
argilosos avermelhados
ü
-
Arenosos avermelhados
ü
-
Fluviais
ü
-
Francos argilosos arenosos acastanhados
ü
-
Muito pesados
ü
-
Arenosos
ü
-
Argilosos vermelhos
ü
-
Delgados
ü
-
Fluviais e marinhos
ü
-
Fluviais argilosos e arenosos
ü
-
Arenosos e fluviais
ü
-
Fluviais e argilosos
CARACTERISTICAS E DISTRIBUIÇÃO DOS SOLOS DE MOZAMBIQUE
As características e distribuição dos solos de Moçambique é variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo.·
Segundo “Marbut” considera apenas a existência de cinco grupos de solos ocorrendo na Colónia de Moçambique, dos quais varias características dou a seguir:
a) Solos vermelhos lateriticos: são solos com 25 a 90٪ de constituintes lateriticos (óxidos mais ou menos hidratados de alumínio, ferro, titânio e manganés);
b) Solos vermelhos: são solos contendo menos de 25٪ de constituintes lateriticos e elevada percentagem de silicato de alumínio, encontrando-se a sílica tanto combinada como sob a forma de quartzo e sendo raras as concreções ferruginosas;
c) Terras negras: solos negros, de textura pesada e estrutura granulosa e com um horizonte de acumulação de carbonates que se encontra por vezes muito próximo da superfície;
d) Solos claros: são grupo muito heterogéneo de solos de diversas cores e textura variável, apresentando normalmente proporção apreciável de carbonate de calcário e ocorrendo em geral em regiões de topografia mais acidentada que a das terras negras;
e) Aluviões: são solos de origem de deposição sedimentar, formado em materiais em geral grosseiro, mal rolados, e amais ou menos soltos, transportado por correntes de água.
SOLOS VERMELHOS ARENOSOS
Solos da Faixa Arenosa Costeira.
Atribuíram esta designação a uma faixa quase ininterrupta de solos arenosos que orla a costa da província desde a Ponta do Ouro a foz do Save. Por vezes esta faixa alarga-se extraordinariamente, chegando a atingir muitas dezenas de quilómetros na sua maior largura, de onde em onde ocorrem solos nitidamente vermelhos, como por exemplo, na Matola, Ponta Vermelha, Marracuene, Manhiça, Magude, Chibuto, e Podendo derivar de grés altamente ferruginosos, visíveis na Ponta Vermelha e em Magude.
Em certas regiões os solos distribuem-se de forma a constituírem complexos de carácter quaternário; é o caso da região compreendida entre o Chongoene e o Chidenguele e entre estes postos e Manjacaze, verificando-se uma, sucessão geralmente constituída por solos vermelhos nos cimos bem drenados dos cuteiros, solos avermelhados de coloração vermelha menos intensa nas encostas e por solos cinzentos sobre material esbranquiçado com manohas amareladas ou então, o que é mais frequente, por machongos, nas baixas.
Noutras regiões, como por exemplo na área designada regionalmente por «Serra», na circunscrição do Bilene, é vulgar a ocorrência de solos de camada superficial cinzenta, mais ou menos escura, assentando sobre camadas avermelhadas umas vezes, amareladas outras. Ao sul do vale do Umbeluzi predominam solos arenosos cinzentos associados a machongos nas baixas.
A parte dos casos apontados, não existe na faixa arenosa e costeira uma massa rígida, bem definida, que nos possa habilitar a estabelecer uma lei rigorosa sobre a forma como se distribuem os diversos tipos de solos arenosos que a constituem.
Observa-se como feição geral mais característica, sujeita a excepções numerosas, além da natureza arenosa fina a franco-arenosa, uma certa tendência para uma textura ligeiramente mais fina e para tonalidades mais escuras a medida que se caminha do interior para uma orla sob costeira. Seguindo essa direcção, constata-se sucessivamente um predomínio do interior para a costa, das sob faixas seguintes: solos arenosos claros (cinzentos a amarelos), solos arenosos avermelhados, solos arenosos acastanhados e dunas litorais.
Por esta diferenciação afigura-nos seremos responsáveis a natureza do material originário e o aumento de pluviosidade do interior para a costa.
Os solos arenosos cinzentos e esbranquiçados estão em regra relacionados com calcários sedimentares ou com grés cinzentos-escuros; os solos avermelhados e acastanhados são, ao que parece, dunas antigas já há muito fixadas, na qual agrupamos os solos da faixa arenosa costeira em dois grupos:
Solos acastanhados arenosos.
SOLOS AVERMELHADOS ARENOSOS A FRANCO-ARENOSOS.
Os solos vermelhos apresentam uma camada superficial vermelha escura a vermelhada acastanhada, franco-arenosa e geralmente espessa (20-65 cm), assentando, mediante transição gradualmente outra de cor vermelha intensa, também franco-arenosa, firme, e a profundidade variável (0,60-1,10m).
Aos solos pardo-avermelhados cabe, dentro deste subgrupo, um predomínio marcado. A primeira camada, de espessura variando entre 15 e 30 cm, arenosa fina a franco-arenosa, solta a friável e, quando não muito afectada pelo cultivo, rica em matéria orgânica, assenta numa outra transitando gradualmente para terra pardo-avermelhada, franco-arenosa, friável a firme e que coineja a aparecer de 0,55 a 0,95 m. A coloração destes solos varia desde o vermelho intenso ao pardo-aver-melhado.
Solos Aluvionares.
São solos formados a partir dos materiais carregados pelos cursos de água e depositados nas suas margens após as cheias. Foram apresentados na Carta a distribuição aproximada das principais aluviões, que são mencionados a seguir pela ordem relativa da sua importância aluviões dos vales do Limpopo, Incomati, Umibeluzi, do Rio dos Elefantes, Maputo, Save e Mazinchopes. A própria natureza aluvionar destes solos sugere grande variabilidade de local para local.
A disposição, espessura e natureza das camadas variam muito de perfil para perfil consoante a extensão e impetuosidade das cheias que deram lugar aos fenómenos de deposição. Sendo que a medida que nos vamos afastandos do curso dos rios, as camadas de areia, as franco-arenosas e arenolimosas vão, como é óbvio, cedendo gradualmente o seu lugar a outras argilo-arenosas e argilosas; com efeito, constata-se que as aluviões mais afastadas do leito dos rios são fortemente argilosas, só raramente aparecendo camadas de textura ligeira.
As aluviões antigas, por outro lado, vão se diferenciando de molde a mostrarem impressas no perfil as características dos processos pedogénicos responsáveis pela formação dos solos das áreas adjacentes. É curioso notar o que a este respeito se observa no Vale do Limpopo.
CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE SOLOS
Nessa classificação são agrupados provisoriamente os diversos solos até agora identificados na Colónia de Moçambique, para facilitar a sua descrição e cartografia. Tendo como Esboço:
A — Solos pedalféricos.
1 — Solos vermelhos.
2 — Solos cor da laranja, alaranjados e amarelos.
3 — Solos cinzentos.
4 — Solos do Planalto dos Macondes.
5 — Solos vermelhos arenosos dos Urrongas.
6 — Solos da faixa arenosa costeira.
B — Solos pedocalicos.
1 — Terras negras e cinzentas pedocalicas.
2 — Solos castanhos.
3— Solos pardos, pardo-acinzentados e pardo-avermelhados das regiões áridas e semi-aridas.
C — Solos holomórficos.
D — Solos halomórficos.
E — Solos hidromórficos.
1 — Machongos.
2 — Vlei.
3 — Solos dos dambos.
4 — Solos argilosos das baixas.
F —Solos aluvionares.
SOLOS VERMELHOS
Solos cor de laranja, alaranjados e amarelos.
Pode-se distinguir nestes solos, tal como no caso dos solos vermelhos, os seguintes tipos: lateriticos, lateriticos ferruginosos e lateriticos com bancadas.
Os solos cor de laranja, alaranjados e amarelos estão relacionados com os solos vermelhos, ocorrendo normalmente em sucessão, formando catenas.
Os solos vermelhos ocupam os pontos de picota relativa mais elevada, seguindo-se-lhe os solos cor de laranja, depois os alaranjados e finalmente os solos amarelos, que se encontram em cotas mais baixas. Esta sucessão é provocada na maior parte dos casos pelas condições de drenagem, correspondendo os solos vermelhos aos locais mais bem drenados e os solos amarelos a locais de drenagem deficiente.
Na sua quase totalidade os solos até agora identificados formaram-se a partir de materiais originários provenientes de granitos e gneisses. As observações feitas em trabalho de campo levam a crer que a textura e a intensidade da cor são afectadas pela composição mineralógica da rocha-mãe.
Na província da Zambézia e principalmente na do Niassa, já foram definidas catenas com características semelhantes a que atrás referem.
Os solos cinzentos com horizontes gley ocorrem geralmente em áreas quase planas, de certa extensão, que estabelecem a transição entre as encostas as baixas. Estes solos têm sido encontrados principalmente na província do Niassa.
Os solos cinzentos lateriticos ferruginosos têm a primeira camada de cor cinzenta escura, de espessura variável, mas normalmente delgada, assentando sobre uma outra, em geral espessa, de cor cinzenta clara ou mesmo esbranquiçada que Itransita gradualmente para um horizonte livremente escuro, as vezes de tonalidade pardacenta, com concreções ferruginosas. A textura e a compacidade variam imenso, desde solos arenosos, soltos ou friáveis, a solos argilosos, compactos.
Estes ocorrem em áreas de drenagem deficiente e foram descritos nas províncias do Niassa e Zambézia.
FACTORES DE SUA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
A formação dos solos e o seu desenvolvimento, são função da natureza da rocha-mãe, do clima, do relevo, dos organismos vivos ou mortos, de regime hídricos no subsolo, da duração do processo pedológico e da intervenção humana.
Segundo a carta pedológica de Gouveia A. Sá e Melo Marques (1972), destaca simultaneamente, aspectos relacionados com a idade, a influência do clima e da natureza geológica e das condições hídricas e morfológicas locais. Neste contesto, a distribuição dos solos moçambicanos não será homogénea, sendo que esta, esta sujeita, ao tipo de relevo, vegetação, clima, o tempo de acção e dos organismos.
Na região Norte por exemplo é caracterizada por rochas do Precâmbrico e altas precipitações, os solos predominantes são argilosos, variando entre franco argilosos –avermelhados que ocupam a maior parte e os argilosos vermelho acastanhados profundos com boa permeabilidade e drenagem.
No litoral da zona norte a presença de rochas do Fanerozóico provoca uma alteração dos solos. Aqui predominam os arenosos de dunas costeiras e fluviais, mas existem extensões de solos franco argilosos, arenosos acastanhados ao sul de Tete, prolongando-se ao longo da bacia do Zambeze.
No curso médio inferior deste rio os solos fluviais com elevada fertilidade tomam lugar, misturando-se primeiro com os anteriores e tornando-se mais dominantes na costa.
No sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água sendo interrompidos de quando em vez por solos arenosos brancos fluviais e marinhos. Ao longo dos vales dos rios encontram-se solos fluviais de alta fertilidade.
Ao longo da fronteira sul e associando-se à cadeia dos Libombos existem solos delgados e pouco profundos, pouco aptos para agricultura.
SOLO URBANOS DE MOÇAMBIQUE (BEIRA)
A formação dos solos e o seu desenvolvimento, são função da natureza da rocha-mãe, do clima, do relevo, dos organismos vivos ou mortos, de regime hídricos no subsolo, da duração do processo pedológico e da intervenção humana.
Segundo a carta pedológica de Gouveia A. Sá e Melo Marques (1972), destaca simultaneamente, aspectos relacionados com a idade, a influência do clima e da natureza geológica e das condições hídricas e morfológicas locais. Neste contesto, a distribuição dos solos moçambicanos não será homogénea, sendo que esta, esta sujeita, ao tipo de relevo, vegetação, clima, o tempo de acção e dos organismos.
Na região Norte por exemplo é caracterizada por rochas do Precâmbrico e altas precipitações, os solos predominantes são argilosos, variando entre franco argilosos –avermelhados que ocupam a maior parte e os argilosos vermelho acastanhados profundos com boa permeabilidade e drenagem.
No litoral da zona norte a presença de rochas do Fanerozóico provoca uma alteração dos solos. Aqui predominam os arenosos de dunas costeiras e fluviais, mas existem extensões de solos franco argilosos, arenosos acastanhados ao sul de Tete, prolongando-se ao longo da bacia do Zambeze.
No curso médio inferior deste rio os solos fluviais com elevada fertilidade tomam lugar, misturando-se primeiro com os anteriores e tornando-se mais dominantes na costa.
No sul predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água sendo interrompidos de quando em vez por solos arenosos brancos fluviais e marinhos. Ao longo dos vales dos rios encontram-se solos fluviais de alta fertilidade.
Ao longo da fronteira sul e associando-se à cadeia dos Libombos existem solos delgados e pouco profundos, pouco aptos para agricultura.
SOLO URBANOS DE MOÇAMBIQUE (BEIRA)
·A
cidade da Beira e seus arredores pedologicamente pertence a zonas de solos
fluviais de alta fertilidade. Solos de difícil lavoura em parte; eventual
excesso de água e/ou salinidade
(Atlas Geográfico vol. 1, 1986:13).
CARACTERISTICAS
Os solos da Beira, a sua maior parte é constituída por sedimentos aluvionares, marinho e fluviais de idade recente e de grande espessura, que estão condicionados ao relevo plano com pequenas depressões, que permitem a acumulação de água.
Os principais solos podem ser agrupados em três categorias nomeadamente: fluviais marinhos de antigo leito e foz de Púnguè; solo dos terraços aluviais, solos salobros e solos dunares.
Nas áreas estuarinas protegidas da influência directa do Oceano, mas inundadas temporariamente e regularmente pelas marés, incluindo o canal de Chiveve, desenvolve-se solos aluvionares salobros.
São solos argilosos finos lodosos, inconsistente e salinos sem nenhuma utilidade para a prática de agricultura, mas que permitem o desenvolvimento da fauna e flora marinha.
Os solos dunares encontram-se na costa oriental da cidade ou em linhas nas baixas de Matacuane e Munhava. O seu perfil é indiferenciado e estão sujeito a uma erosão eólica.
ZONAS AGRO-ECOLOGICAS AS DE MOÇAMBIQUE
CONCEITO
São zona agro-ecológica as áreas com características naturais específicas e que as tornam particulares para o desenvolvimento de certas actividades agro-pecuárias. Elas são usadas como meio para definição de políticas e estratégias de desenvolvimento do sector agro-pecuário do país e de outros programas de desenvolvimento rural.
O Clima, a precipitação e a temperatura desempenham os papéis importantes na definição das zonas agro-ecológicas. O Clima muito variado em Moçambique é o componente do meio que
CARACTERISTICAS
Os solos da Beira, a sua maior parte é constituída por sedimentos aluvionares, marinho e fluviais de idade recente e de grande espessura, que estão condicionados ao relevo plano com pequenas depressões, que permitem a acumulação de água.
Os principais solos podem ser agrupados em três categorias nomeadamente: fluviais marinhos de antigo leito e foz de Púnguè; solo dos terraços aluviais, solos salobros e solos dunares.
Nas áreas estuarinas protegidas da influência directa do Oceano, mas inundadas temporariamente e regularmente pelas marés, incluindo o canal de Chiveve, desenvolve-se solos aluvionares salobros.
São solos argilosos finos lodosos, inconsistente e salinos sem nenhuma utilidade para a prática de agricultura, mas que permitem o desenvolvimento da fauna e flora marinha.
Os solos dunares encontram-se na costa oriental da cidade ou em linhas nas baixas de Matacuane e Munhava. O seu perfil é indiferenciado e estão sujeito a uma erosão eólica.
ZONAS AGRO-ECOLOGICAS AS DE MOÇAMBIQUE
CONCEITO
São zona agro-ecológica as áreas com características naturais específicas e que as tornam particulares para o desenvolvimento de certas actividades agro-pecuárias. Elas são usadas como meio para definição de políticas e estratégias de desenvolvimento do sector agro-pecuário do país e de outros programas de desenvolvimento rural.
O Clima, a precipitação e a temperatura desempenham os papéis importantes na definição das zonas agro-ecológicas. O Clima muito variado em Moçambique é o componente do meio que
maior
influência exerce na distribuição das culturas pelo país. Foram feitos dois
tipos de estudo agro-ecológicos:
Segundo Mário de Carvalho “Agricultura Tradicional de Moçambique – 1970” define 15 Zonas Agro-Ecológicas na qual estabeleceu mapas de distribuição das culturas tradicionais e definiu um certo número de regiões agrícolas.
Faz a estreita relação entre a distribuição e o clima, definindo o conceito de campos climáticos as condições de climas típicas de cada uma das culturas tradicionais. E que a falta de adaptação significaria demasiada frequência de anos de fome.
Exemplo: Mandioca, Arroz, Feijões, Milho, Algodão e Caju
Climaticamente Moçambique varia de zonas áridas muito secas para zonas húmidas muito chuvosas
As Zonas semi-aridas são propícias para a agricultura de sequeiro, e este aspecto têm uma enumera relação com a selecção de culturas e padrões de cultivo.
O relevo, varia de 0 a 2000 metros acima do nível médio do mar. Onde estima-se que 94% da área encontra-se abaixo de 1,000 metros.
Na região Sul do rio Save, 90% da área encontra-se numa altitude abaixo de 200 metros. Aproximadamente, 40% da área nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia e 60% nas províncias de Manica e Sofala encontram-se, também, numa altitude inferior a 200 metros.
Segundo Mário de Carvalho “Agricultura Tradicional de Moçambique – 1970” define 15 Zonas Agro-Ecológicas na qual estabeleceu mapas de distribuição das culturas tradicionais e definiu um certo número de regiões agrícolas.
Faz a estreita relação entre a distribuição e o clima, definindo o conceito de campos climáticos as condições de climas típicas de cada uma das culturas tradicionais. E que a falta de adaptação significaria demasiada frequência de anos de fome.
Exemplo: Mandioca, Arroz, Feijões, Milho, Algodão e Caju
Climaticamente Moçambique varia de zonas áridas muito secas para zonas húmidas muito chuvosas
As Zonas semi-aridas são propícias para a agricultura de sequeiro, e este aspecto têm uma enumera relação com a selecção de culturas e padrões de cultivo.
O relevo, varia de 0 a 2000 metros acima do nível médio do mar. Onde estima-se que 94% da área encontra-se abaixo de 1,000 metros.
Na região Sul do rio Save, 90% da área encontra-se numa altitude abaixo de 200 metros. Aproximadamente, 40% da área nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia e 60% nas províncias de Manica e Sofala encontram-se, também, numa altitude inferior a 200 metros.
As regiões de baixa altitude (200 metros) estão cobertas de solos arenosos pobres e, em solos aluvionares (províncias da Zambézia, Manica, Sofala e algumas zonas costeiras), de solos pretos (província de Cabo Delgado) e de solos castanhos e escuros derivados de basalto (região dos Libombos, província de Maputo).
A altitude compreendida entre 200 a 500 metros ocorre, principalmente na região norte de Moçambique. Os solos são muito variáveis em textura, podendo encontrar-se solos leves e muito pesados. A altitude compreendida entre 500 a 1000 m ocupa cerca de 25% da área e a grande proporção ocorre na região norte de Moçambique.
As altitudes acima de 1000 metros encontram-se dispersas pelo país (planaltos de Angonia, em Tete e Lichinga, em Niassa, Gurue, na Zambézia, e Mossurize e Serra Choa, em Manica).
CONCLSAO
Depois
de muitas pesquisa e leitura de muitas bibliografias cheguei a conclusão que a constituição do solo de Moçambique é
variável o que faz com que os solos não sejam homogéneo. De acordo com a sua
localização geográfica e astronómica, o nosso país possui uma grande variedade
de solos típicos das regiões tropicais e subtropicais. De uma maneira geral na
composição mineralógica dos solos Moçambicanos predominam materiais
ferruginosos e aluminosos, sendo por isso, considerados pedalfericos ou
feraliticos. Estas abundâncias de materiais ferruginosos e aluminusos, é fruto
da resistência destes elementos aos processos de desagregação das rochas-mãe em
condições climáticas de regime tropical. Moçambique possui uma grande variedade
de solos típicos das regiões tropicais e subtropicais.
Quanto ao tipo, as várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
Quanto ao tipo, as várias classificações tomam em conta a composição mineralógica dos solos; a cor, a origem, a idade e os processos morfológicos e biológicos recentes.
BIBLIOGRAFIA
Fonte: Ministério de Agricultura e Pescas (1996)
www.google.com
ombe zacarias dicionario dos solos 1ediccao 1998
www.google.com
ombe zacarias dicionario dos solos 1ediccao 1998
Não sou geógrafo, mas deixe-me parabenizar-te prlo conteúdo geográfico que tem mesmo haver com a realidade moçambicana. Nós traga mais conteúdos! Queremos Descobrir Moçambique. Abraços Amigo!
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